De sua formosura
deixai-me que diga:
� belo como o coqueiro
que vence a areia marinha.
Belo como a �ltima onda
que o fim do mar sempre adia.
� t�o belo como um sim
numa sala negativa.
De sua formosura
deixai-me que diga:
� t�o belo como um sim
numa sala negativa.
Belo porque � uma porta
abrindo-se em mais sa�das.
Belo como a coisa nova
na prateleira [at� ent�o] vazia.*
De sua formosura
deixai-me que diga:
Belo como a coisa nova
na prateleira [at� ent�o] vazia. *
Como qualquer coisa nova
inaugurando o seu dia.
Ou como o caderno novo
quando a gente o principia.
De sua formosura
deixai-me que diga:
� belo como o coqueiro
que vence a areia marinha.
Belo como a �ltima onda
que o fim do mar sempre adia.
� t�o belo como um sim
numa sala negativa.
Belo porque � uma porta
abrindo-se em mais sa�das.
Belo como a coisa nova
na prateleira [at� ent�o] vazia. *
De sua formosura
deixai-me que diga:
Belo como a coisa nova
na prateleira [at� ent�o] vazia. *
Como qualquer coisa nova
inaugurando o seu dia.
Ou como o caderno novo
quando a gente o principia.
* No poema "Morte e vida severina" de Jo�o Cabral de Melo Neto consta "(...) Belo como coisa nova/ na prateleira at� ent�o vazia". Na m�sica, Chico Buarque adapta o verso para "(...) Belo como coisa nova/ na prateleira vazia".