A sorte, se presenteia
A todos doen�a e fome,
Para as mulheres capricha
Num privil�gio sem nome.
Colhe mis�ria maior
E diz � coitada: tome.
� forma de escravid�o
A infinita pobreza,
Mas duas vezes escrava
� a mulher com certeza,
Pois escrava de um escravo
Pode haver maior dureza?
Por isso aquela mocinha
Fez tudo para iludir
Aos outros e ao seu destino.
Mas rola n�o � tapir
E chega l� um momento
Da natureza explodir.
Jo�o vira joana: acontecem
Dessas coisas sem preceito.
No seu colo est� jo�ozinho
Mamando leite de peito.
Pelo menos esse aqui
De ser homem tem direito