Manso remanso que murmura docemente
Neste retiro silencioso no sert�o
Os cavaquinhos dando volta na corrente
Com a cigarra a zunir no espig�o
De muito longe vem o som da fazendinha
� o retireiro a tratar da cria��o
O sol se p�e, a tarde cai, a noite desce
Neste amado fim de mundo quase morro de emo��o
Pi� de novo meu querido bacurau
Na velha cava que outrora foi caminho
Enquanto fazes contra canto � urutau
Deixa que eu volte ao passado com carinho
Serra das Mesas, l� morou a tia Zefa
Tia Abadia, um pouco al�m, no Douradinho
Pelas quebradas h� um canto diferente
Rouxinol desiludido que retorna hoje ao ninho
O sertanejo sempre volta �s origens
No desespero de encontrar tranquilidade
Embora quase n�o existam matas virgens
A gente encontra os retalhos de saudade
Uma tapera com os restos de um curral
S�o fragmentos do que foi a mocidade
Se a saudade � um bem que me faz mal
Vou vivendo de lembran�as para ter felicidade