Pensamentos de Galp�o - Ao vivo -

Pensamentos de galp�o

Verde-amarelo entardece,
Estes campos Rio-Grandenses,
Das campereadas de mar�o
Se recolhe a peonada,
Ga�cha, marca sagrada,
Memorial que a hist�ria chama,
Nos clarins destas est�ncias
De rever�ncia farrapa.

O galp�o agora engole,
Homens , milongas e garras,
Murmura o ch�o farroupilha
Demarcado em quatro esteios
Celebrado de fuma�a,
Toda inten��o de uma ra�a
Se acultura sem rodeios,
� prosa larga e floreios
Junto ao fog�o e a guitarra.

Concebem as almas de ontem,
Com as de hoje , misturadas,
Filosofias de estradas,
De campo , terra e mangueira,
De cargas e tinideiras,
Carreteadas e ajut�rios,
Quarteadas pra algum vel�rio
De algum taura corajudo
Que se mudou pra outro mundo
E seguiu noutra jornada.

E aquele segredo lindo,
Que um se ?alembra? encimesmado,
Flor morena que estes matos ,
N�o tem flores mais bonitas,
Quem sabe um dia esta linda
Com seus olhos esverdeados,
Venha lhe fazer costado
Num ranchito santa-f�,
Quem sabe l� por Bag�,
Ou talvez Piratini,
Um rancho de amor e f�.

E quem sabe todos eles,
Encontrem um dia seus sonhos,
Tropilha mansa e um recanto,
Pra matear no entardecer,
Com seus cora�es de campo,
E suas almas Rio-Grandenses,
Pois Deus aben�oa esta gente
Que sangrando o amanhecer,
Faz do seu viver,
Entre c�u , terra e cavalo,
E escora firme o resguardo
Da quer�ncia de S�o Pedro.