Canteiros

Quando penso em voc�
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade

Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
J� me d� contentamento

Pode ser at� manh�
Sendo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria

Eu s� queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem mo�o pra tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois se n�o chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta mo�o
Sem ter visto a vida

� pau, � pedra, � o fim do caminho
� um resto de toco, � um pouco sozinho
� um caco de vidro, � a vida, � o sol
� a noite, � a morte, � um la�o, � o anzol
S�o as �guas de mar�o fechando o ver�o
� promessa de vida em nosso cora��o.