Aparthaid No Dil�vio de Sangue

Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
Que n�o haja um que tenha compaix�o

[Eduardo]
Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
Sofram, inimigos! O salmo � categ�rico
Sua sexta praga na tempestade de l�grima
O dil�vio � de sangue, sem No�, sem arca
O sonho de King n�o me tira da mand�bula da besta
Escravo e dono de fazenda n�o sentam na mesma mesa
Vigora Apartheid racial, social
De um lado favela, do outro Hilton, Morumbi, Marginal
Na crendice popular, o diabo tem chifre e cauda
Cheira a enxofre, tem tridente, usa capa
Na real anda de Bentley blindado com ur�nio
Sai na lista dos bilion�rios da Forbes no fim do ano
Senta no sof�, liga o home theater da sala
Pra ver crian�a mutilada em 60 polegadas
N�o temos conquista em tecnologia, medicina
Mas somos o pa�s com mais grifes chiques da Am�rica Latina
Safiras, rubis, a piranha t� feliz
O circuito fashion do Jardins se equivale a Paris
Pro DHPP sua morte � macroambiental
Frustra��o por eu n�o ter ascens�o social
Pra mim a Branca de Neve gosta de morder a ma�� da bruxa
Esquecendo que o sono � eterno, filha da puta!
Entendo o homem-bomba de Al Qaeda e Hezbollah
Suas v�sceras no ar pela b�n��o de Al�
Cheiro de carne assada, tem Joelma na X5
Migrou da Contigo pras trevas do abismo
Agora tenta comprar Deus com um colar e um par de brincos
Assina o cheque com a Montblanc pra entrar no para�so
Traz o Gardenal, camisa de for�a e o manic�mio
N�o sei o que � mais leg�timo, injusto, hediondo
Meu cora��o quer paz, o meu c�rebro g�s venenoso
Meu esp�rito bom hoje � Sendero Luminoso

Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
O salmo 109 pra inimigo � categ�rico
Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
O dil�vio do seu apartheid � de sangue e boia corpos
Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
O salmo 109 pra inimigo � categ�rico
Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
O dil�vio do seu apartheid � de sangue e boia corpos

[Dum Dum]
Acorda c�o infiel, que a guerra n�o � santa
Caiu o World Trade Center da sua ONG sat�nica
Sangrou seu modelo Mississipi de 60
O fogo na sua cruz � apagado na escopeta
L� o negro era enforcado e tinha blues na igreja
Aqui fecham o Vectra do juiz e d�o dois tiros na cabe�a
Pique m�fia italiana, a��o da Cosa Nostra
Seu rio da gan�ncia des�gua num mar de p�lvora
Atendeu o telefone, o PM borra a cueca
D� fuga da base comunit�ria, que l� vem motocicleta
Thompson, Ruger varando a parede
O bon�, a cabe�a, o peito, o colete
O gamb� sentiu a dor tipo a m�e daqueles que ele matou
Limpando o sangue do companheiro no computador
Treinou meses no Barro Branco pra defender a mans�o
E n�o tem uma flor sequer do boy dentro do caix�o
Por ele me d� choque, arranca a unha, me afoga
Fico aleijado com tiro nas costas, cad� a cadeira de rodas?
Pro crime organizado verdadeiro n�o tem cela
Por isso o Gugu simula o PCC na sua tela
Pro habeas corpus do juiz, o recurso � maleta com grana
Foda-se se � do Cartel de Cali ou Tijuana
Rico sanguessuga, germe, gl�ndula cancerosa
Hoje � voc� que � acorrentado e a�oitado nas costas
Igual sua m�quina industrial que decepa m�o
V�o separar seus membros com cir�rgica precis�o
Nem o GATE desarma bomba da estupidez
Bem vindo � Serra Leoa com potencial dinamarqu�s
O perito vai recolher seu tecido muscular
Jogar num banco de dados que um dia se p� vai acessar
Da gaveta frigor�fica vai ver sua vit�ria
Filho chamando o outro de pai e tua mulher no Dall'Orto fazendo gulosa

Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
O salmo 109 pra inimigo � categ�rico
Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
O dil�vio do seu apartheid � de sangue e boia corpos
Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
O salmo 109 pra inimigo � categ�rico
Que n�o haja um que tenha compaix�o dos seus �rf�os
O dil�vio do seu apartheid � de sangue e boia corpos

� Deus de meu Louvor, n�o permane�a silencioso
Pois a boca do perverso e a boca do falso se abrem contra mim
Falam contra mim com uma l�ngua mentirosa
Eles me cercam com palavras de �dio, me atacam sem causa
Em retribui��o ao meu amor s�o meus advers�rios
Mas sou um homem de ora��o, retribuem-me o mal pelo bem
E o �dio em recompensa ao meu amor
P�e sobre ele um perverso e esteja � sua direita um acusador
Quando ele for julgado, saia condenado
E que sua ora��o se lhe torne em pecado
Seus dias sejam poucos e que outro tome seu of�cio
Seus filhos vagueiem, mendiguem e esmolem entre habita�es assoladas
O credor confisque tudo que ele tenha
E estranhos espoliem o fruto do seu trabalho
N�o tenha ningu�m que se compade�a dele
E que n�o haja quem tenha miseric�rdia de seus �rf�os
Salmo 109 da B�blia Sagrada