Assalto a Banco

Filho da puta, se joga no ch�o, que o cheiro de sangue t� no ar
380, Glock, 4-5, � hora de rezar
Seu crucifixo no pesco�o ajuda bem pouco
Se respirar, p�! Se pensar, ratat�!
Se piscar, � homem morto
A playboyzada de Mitsubishi, gravata, terno
N�o empina o nariz quando o c�u vira inferno
Beija meus p�s na mira do ferro
� pelo amor de Deus tenho filho, mulher
Toma ouro, rel�gio, carteira leva o que quiser
J� tira a cal�a e oferece a bunda
Da filha, da mulher, da m�e, n�o quero a prostituta
Aqui n�o � Alphaville, t� fora do condom�nio de luxo
Aqui � o inferno, onde o simples homem da favela te coloca de ref�m no ch�o, deitado de bru�os
E cospe na tua cara, d� soco na tua boca, enfia na sua bunda seu carro do ano
Sua casa de praia, seu diploma
Arrebenta seu cr�nio, te deixa em coma
Deixa o gerente de cachorro ensinado
(De p�!) Sentado! (Latindo!) Deitado
Te pega pelo pesco�o, p�e o ferro na tua nuca e esquece
(� pai nosso que estas no c�u, e chama o carro do IML)
Eu sou o detento que mata o carcereiro no apetite de fugir
Em frente � c�mera do Jornal Nacional, pra voc� aplaudir
Tenho os meus sonhos tamb�m, fulano
N�o � artigo da moda (nem moto da hora) e nem carango do ano
S� quero um c�modo no barranco e comida no prato da minha filha
Que diferente do seu filho, n�o joga videogame, n�o tem brinquedo a pilha
N�o tem pai executivo pagando de santo
Tem um pai com uma 9 mil�metros, um assaltante de banco!

Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar
Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar
Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar
Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar

O viadinho do shopping t� olhando o qu�?
Cansou de viver? Qual que �, quer morrer?
T� com saudade do Golf no estacionamento
T� lembrando da sua piranha subindo e descendo
Na Cherokee Explorer, na Blazer, vai vendo
Chega de conversa, abre a porra do cofre!
Eu vou contar at� 3, a� depois voc� morre!
(Fudeu! Fudeu! Vai colar preto e branco em um minuto!)
Pra deten��o n�o vou, tamb�m n�o quero minha fam�lia de luto
N�o quero ser jogado ferido numa t�tico
Num role atr�s de um hospital
Que s� vai chegar quando eu virar finado
O ser humano � um animal irracional
Feroz quando busca sua presa
Mata o empres�rio pra ter rango na mesa
Trocar com a Rota, roubo � banco, com o GOE � sem assunto
Pega o primeiro de ref�m e � sangue voando a 10 metros do defunto
Podia estar com um Audi l� fora
De terno, gravata, vida da hora
Mas n�o, t� aqui de ladr�o
De personagem de cartaz de procurado
Sendo indicado ao Oscar de melhor ator
No pr�ximo vel�rio, no papel de finado
(Panela vazia � igual a enterro!)
Igual a eu explodindo a sua cabe�a atr�s de dinheiro

Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar
Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar
Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar
Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar

Porra, tiazinha! Cala a boca, se acalma
Se o sangue tiver que escorrer, seu playboy vira alma
Se esse prego de terno (essa burguesa de tamanco)
Ajudasse a favela, eu nem tava nesse banco
Eu n�o sou santo, mas tamb�m, n�o sou o capeta
� que fome mais filho chorando � igual � escopeta
Eu t� ouvindo o alarme, se p� ficou tarde
A� Dum Dum, pega o ref�m, mata!
Chama um padre, tem sirene, rep�rter, se p� a Rede Globo
Atirador de elite com o dedo co�ando, querendo outro corpo
No c�u um helic�ptero, se p� o �guia 2, quem sabe
Na terra ambul�ncia, uma p� de bico querendo meu corpo no carro do resgate
� rev�lver na m�o, um barulho, socorro!
� a pol�cia atirando, a dor domina meu corpo

(A voz do gamb� no meu ouvido)
Na roupa o sangue do meu mano ferido
Meu filho vem na cabe�a, imagino minha mulher
Reconhecendo meu corpo, � o que a pol�cia quer!
A� playboy, n�o me olha com nojo, morou mano?
Eu sou outro marionete nessa porra de banco
Que te assalta, que joga arma na favela
Joga droga, tira meu emprego e me p�e numa cela
� quem sonha com meu corpo no matagal
E quer voc� de Toyota pra eu te roubar no sinal
A� senhor, tudo bem, t� limpo
O ref�m t� solto, t� saindo
Chama o Not�cias Populares, edi��o extraordin�ria
A pol�cia mata um monstro e prende outro numa ag�ncia banc�ria

Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar
Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar
Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar
Filho da puta se joga no ch�o que o cheiro t� no ar