Estamos de luto aos manos que se foram
A� aos que ficaram meu p�sames, aguardem sua vez
N�o tem apelo pro inferno, nem ora��o l� pra cima
Todo mundo j� era � uma contagem regressiva
Cada mano numa al�a vela acesa mesma cena
Um caix�o que mal identifico
Ser� que valeu a pena, o sangue no peito
O B.O. no carro forte, o plaqu� de D�lar
Um caix�o velado por ningu�m
A l�grima da coroa que de canto chora
Ontem um muleque que sonhava com V�deo Game, no Natal
Hoje um cad�ver em peda�os desfigurado irreconhec�vel, embaixo do jornal
Sem marcha f�nebre cortejo s� o toque da sirene
Apenas mais um defunto mais uma cruz no cemit�rio, outra medalha pra civil, outra medalha pra PM (roubo a banco, Denarc, ROTA, t�tico cinza )
E nesse embalo quantos manos meus, eu j� contei
Com certeza o vel�rio de quase todos eu presenciei
Sempre no mesmo estilo, caix�o caindo ao peda�os
Botaram quase a bunda no crack
E como lixo foram enterrados
Cad� a auto-estima, aqui ningu�m se liga
Que ser esperto n�o � ser ladr�o
� n�o morrer no oit�o na doze da policia
Ainda me lembro do glic�rio cambuci da antiga
Pivetada no caminho estudando seria um algu�m na vida
N�o progrediram honestamente mas no crime a hist�ria se inverte de 155 16 hoje a banca toda
� 121 12 157, assalto a banco homic�dio tr�fico coisas desse tipo
S� que existe um detalhe a cada fita ningu�m volta rico muito menos vivo
Se algu�m tomasse como exemplo, cad�ver ensanguentado
N�o haveria tanto embalo rezando pra ser finado
N�o haveria o IML lotado, com os nossos manos
N�o haveria nossa juventude imbecilmente se acabando
N�o quero ver mais mano meu sendo apenas defunto
E aos manos que se foram, n�s estamos de luto
Seu enterro n�o vai ter ningu�m de luto
� s� mais um outro caix�o, s� mais um defunto
No cad�ver como um lixo no necrot�rio
Sem flores nem l�grimas no cemit�rio estamos de luto
Estamos apresentando a imbecilidade
A lei do mais forte, aqui � s� malandragem
N�o tem espa�o pra ot�rio aqui quem se da bem
� quem atira primeiro, argumentos pouco interessam
O neg�cio � dinheiro � coca�na � malandragem pilantra na mira
Esquemas de assaltos aliados falsos varias vadias
O v�nculo com a morte a porta do inferno
Ningu�m pega boi, n�o tem ot�rio nem esperto
Quem est� com o revolver tem a raz�o
A lei foi feita assim, aqui por n�s a lei de ladr�o
N�o tem neg�cio de irm�o que branco e preto que nada
Deveu dinheiro deu bonde em farinha, se liga na rajada
E a� pilantra e o dinheiro?
Que dinheiro mano?
Dinheiro da droga o cuz�o
Te devo nada mano
Me deve nada � filho da puta, ent�o vai (barulhos de tiros)
Assim se movimenta a parte pobre o submundo
Honestidade sem chance aqui ningu�m tem futuro
Um corredor da morte
Onde a cadeira el�trica s�o os pr�prios manos na crocodilagem
N�o tem pessoa certa, n�o existe aliado
Nem mano de parada, se a casa cai num DP
Foi ele a� eu n�o sei de nada
Quantas vezes vi os pr�prios manos se caguetando
Tornando se inimigos na sequencia se matando
Aquele aliado que roubava do meu lado
Deu brecha me caguetou vai virar finado
A regra � assim, simples e eficaz
Se pilantrou j� deu motivo ent�o descanse em paz
N�o compre sua passagem para o inferno
Seja mais que malandro 10 vezes mais que esperto
N�o seja apenas s� mais um defunto
� que pra morte da gente dificilmente mano,
Algu�m fica de luto
Seu enterro n�o vai ter ningu�m de luto
� s� mais um outro caix�o, s� mais um defunto
No cad�ver como um lixo no necrot�rio
Sem flores nem l�grimas no cemit�rio
Estamos de luto
Ou�o tiros daqui, mais um mano se foi
A casa caiu caguetagem, n�o teve boi
Mais um outro aliado na delegacia
Se abriu igual uma piranha, e a� s� alegria
� a tal lei de ladr�o, capitulo prote��o
Se eu t� bem t� vivo descanse em paz um mano no caix�o
� o lado ir�nico do crime sem a menor gra�a
Seu aliado de quadrilha � o mesmo que te enterra
� a m�o que segura sua al�a
Sem aplausos, salva de tiros
� s� mais um epis�dio do suicidio coletivo
� s� mais um finado mais um defunto
Mais um enterro, ningu�m de preto, ningu�m de luto
� triste sim mas na verdade o que mais me deixa atacado
� saber que n�o importa o quanto haja finados
Manos enterrados nosso veneno � ignorado
Aqui n�o tem enterro, n�o tem crack policia
PT engatilhada, aqui n�o existe inferno � tudo paz s� alegria
Quebrada da playboyzada que nada
Eu t� falando da Muniz de Souza do Glic�rio do Ipiranga Cambuci se liga � cemit�rio n�o precisa de favela barraco pra ser quebrada de ladr�o, periferia interior, centro vacilou, bum � caix�o
S�o Paulo de ponta a ponta � um defunto esperando o seu enterro
Em nome do pai Zona Norte em nome do filho Zona Sul do espirito santo Leste, Zona Oeste am�m meus sentimentos
Nossa quebrada segue a regra, o Lucifer decide o nosso fim, aqui � rota enterro influencia ruim
Muniz de Souza de luto PT e 38, salve o mano Nei e o Nicolau assassinado, ali no posto
Salve o mano DG (Meu velho mano DG)
bons tempos Maranja�
A quebrada em peso at� hoje, lamenta o seu fim
Salve o mano Tony, morto numa parada
Salve todos manos assassinados, de todas quebradas
Fac��o Central, e aos que foram n�s sentimos muito
Mano Eduardo Erick 12 Dum-Dum n�s estamos de luto
Seu enterro n�o vai ter ningu�m de luto
� s� mais um outro caix�o, s� mais um defunto
No cad�ver como um lixo no necrot�rio
Sem flores nem l�grimas no cemit�rio
Estamos de luto