A juventude de hoje ser� o futuro do pa�s;
Ser� o futuro do pa�s, o futuro do pa�s.
Futuro do pa�s n�o cola mais, d� um tempo;
O tema agora � outro, prostitutas e detentos;
O futuro vai ser esse, pode crer, tenha certeza;
S� mulher vadia e coca�na sobre a mesa;
Presidi�rios, vagabundas, manos viciados;
Cuja moral e educa��o se aliam ao passado;
Um consumo de drogas e v�rios assaltos;
Esquecidos por filhos da puta, um futuro desandado;
Noticiado e comemorado por toda a burguesia;
Que se diverte, delira com o cad�ver do dia;
E n�o � por menos, na semana morre uns quarente;
E ainda de t�nis na m�dia 20 anos n�o esquenta;
S�o todos pobres, ladr�es ou maconheiros;
Malditos vagabundos, s� pensame em dinheiro;
Escuto isso o ano inteiro, um puta exagero;
Queremos � s� paz e n�o a merda do dinheiro;
N�s valorizamos nossas vidas, isso sim;
E n�o queremos ser iguais aos marginais em fim;
Queremos ver nossas fam�lias num boa bem decente;
Ver a pol�cia nos tratando como gente;
Nos importamos com o futuro e com nossos manos;
Nos d�i na alma quando vemos eles se acabando;
Dentro de uma t�tico sempre arrebentados;
Ou de overdose ou at� mesmo assassinados;
E a dist�ncia da pol�cia � a sa�da, � arma nossa;
Sem crack ou caca�na, bem longe das drogas;
Paran�ia nenhuma, sa�de nota dez;
Bem honrados e humildes da cabe�a aos p�s;
Somos assim, juventude pobre de atitude nada mais;
E se marcar muito melhor que qualquer filho de papai.
(4x) n�o se preocupem por que somos assim;
Somos da nova gera��o e n�o somos t�o ruins.
Gera��o n�o sei de nada, nos chamam assim;
E a burguesia se vicia, usa todas, � melhor no fim;
E no caix�o uma pedra, um tiro na moral;
Muita maconha, ta tudo em paz, tem muito capital;
Usa e abusa da sorte de ter muito dinheiro;
Filho da puta, playboy, mais um futuro brasileiro;
Estuda em melhor escola, tem seu carro, sua mina;
Perfeito em apar�ncia do tipo "eu nunca vi coca�na";
Desandado tira racha com a turma do shopping;
Se mata ou atropela tudo bem o pai encobre;
Cheira mais, fuma mais, abusa da sorte;
Pra voc� � um boi, mas veja a vida de pobre;
Tiros de doze, gritaria assim � todo dia;
Todos armados, fudeu, mais uma vez vem pol�cia;
Ningu�m tem carro aqui, onde cair voc� fica;
� caix�o e vela preta, � assim a nossa vida;
Sempre escondidos ou de canto na cal�ada;
Se caso reconhecidos arrancam a nossa alma;
Uma de vinte voc� sem testemunha � foda;
A gente vive com isso todo dia quase toda hora;
Roleta russa cinco balas num tambor de seis;
Se n�o for hoje � amanh�, a gente nunca tem vez;
Nossa revolta � por a�, n�s somos v�timas sim;
Mas juventude de atitude at� o fim.
(4x) n�o se preocupem por que somos assim;
Somos da nova gera��o e n�o somos t�o ruins.
Existe ainda outro problema lament�vel, � tipo assim;
A juventude do passado nos detesta por a�;
Esquecem que um dia tamb�m foram adolescentes;
E de repente at� foram piores que a gente;
Nunca ficaram bem loucos eu pergunto;
Nunca fizeram nada errado nem por um minuto;
Nunca encheram a cara e nem conhecem pol�cia;
Em distritos nunca foram s� se n�o existia;
Me lembro bem de uma pol�cia ent�o vermelho e preto;
Naquele tempo era foda, o terror deles no peito;
Quem era preso eu n�o lembro, a gente n�o eu garanto;
Na �poca n�s t�nhamos de cinco � oito anos ent�o;
Uma contradi��o, tamb�m sa�ram da linha;
N�o se assumiram desandados hoje pais de fam�lia;
Assumimos nossos erros n�o tem santo aqui;
J� pretendemos um banco, sonho de pobre � assim;
Muito armamento, perfeito enquadramento;
Sa�da �nica dinheiro e um futuro cem por cento;
No sonho � tudo bem, na real � cemit�rio;
Eu n�o vou pro saco assim, pelo menos espero;
Coment�rios dos vizinhos, vergonha da fam�lia;
Enterro do governo ou os manos na vaquinha;
� o futuro do pa�s, a juventude mais pobre;
Somos assim a parte que s� se fode.
(4x) n�o se preocupem por que somos assim;
Somos da nova gera��o e n�o somos t�o ruins.
Fac��o central, eduardo, dum-dum e garga;
O rap � nossa atitude e mostra que;
Se depender da gente a juventeude pobre;
Ser� com certeza o futuro desse pa�s.