H� pouco eu vinha viajando num trem de Santa Maria
De novo, encontrei com o Surdo, dei risada � reviria
Deu uma baita confus�o, o Surdo nada me ouvia
Perguntei da sua chinoca, disse o surdo: -J� deu cria!
-Eu falo � da sua esposa! -T� Moura que � uma raposa
Mas dorme na estrebaria!
-N�o � disso que eu lhe falo, �ndio v�io', novamente
Me conte da sua xirua que, h� muito tempo, vem doente!
Disse o Surdo: -Eu s� sou banho nos dias de sol bem quente
O potro da �gua � lindo, � de ra�a diferente
� cria do Alegrete, t� dando milho catete
Porque est� mudando os dente'!
-Eu falo da sua fam�lia, voc� s� pensa em carreira!
Disse o Surdo: -Das seis potrancas que eu mandei l� pra fronteira
Ficou s� a Gateada velha, que � a m�e de toda a tosseira
Ela e o potrilho Zaino passam de capa e biqueira!
-Pergunto da Dona In�cia! -Atei l� num p� de Ac�cia
A �gua velha caborteira!
-Eu j� estou de saco cheio me conte da sua mulher!
Disse: -O potrilho � bem lindo, saiu Zaino Pangar�
Quero avisar os carreirista' que, agora, eu n�o estou de a p�
N�o respeito parrillero, venha de onde vier!
-Seu Quintino e as suas filha'! -Botei com Quarto de Milha
Puro sangue de Bag�!
"-Mais uma vez, n�o consegui acertar com o Surdo, mo�ada."