O meu pai � o verso xucro e minha m�e � rima guapa
J� trouxe a origem no sangue da brava ra�a farrapa
Eu nasci sem embalagem pingo b�o n�o usa capa
Meu teto � o pr�prio universo
e no firme cabo do verso rima nenhuma me escapa
Me chamam Rei da Grossura por ter vindo l� das tingua
Na grande escola do mundo eu granjeei muita tarimba
Quem tiver diploma errado, larga, as conserta e carrimba
Muitos de mim t�m m�goa
e terminam bebendo a �gua gostosa da minha cacimba
Eu ser assim como sou o meu rico pov�o se orgulha
Por saber que o sacrif�cio da vida n�o me embarulha
Em mat�ria de trovas xucras a minha ideia � uma tulha
Minha rima � rica e pura
meu verso � a pr�pria costura que n�o precisa de agulha
Eu brotei no p� da serra e me criei numa �rea agr�cola
J� levei rodada feia de quebra as duas clav�culas
E os trovadores que acharem que as minhas rimas s�o rid�culas
Largue essas feras da jaula para aprender na minha aula
que eu mesmo fa�o a matr�cula