Rei Dos Baguais

Sa� da campanha e me vim pra cidade
Assistir bem de perto o tal de carnaval
Fiquei encantado com tanta beleza
Eu nunca tinha visto uma coisa igual

Morena de anca bonita, faceira
Mexendo as cadeira' fora do normal
Fiquei quase louco naquele sufoco
E gritei dali um pouco: Mas que China bagual!

Pra onde eu olhava era s� requebrado
Ali no meu lado bem ao natural
E a mesma morena que estava me olhando
Vinha rebolando fora do normal

Pra quem � da guasca e n�o � acostumado
Aquele rebolado at� fazia mal
Meu corpo suava e eu me desesperava
E bem alto eu gritava: -Mas que coisa bagual!

O tal topless me deixou escramu�ando
Fiquei me babando igual gado por sal
Nasci desse jeito, meio abagualado
E, assim, fui criado sem freio e bu�al

E, no mexe-mexe, o tal remelexo
Eu batia queixo igual cobra coral
Naquela agonia e ela remexia
E pra o povo eu dizia: -Mas que baile bagual!

Na alta madruga, eu apavorado
J� quase pelado e o baile ao final
Invadi a quadra e a mo�a sambista
Era filha de um rico fulano de tal

Tentei lhe agarrar e ela meio pulou
E a pol�cia chegou e eu n�o me dei mal
Quatro soldado' e eu peleei folgado
E fui apelidado de rei dos bagual'