Epis�dio 100: Veredicto

Filho, eu te dei tudo, dei vida, dei asas
Eu te dei comida, dei camisa, errei as marcas
E se eu te dei uns tapas foi porque c� deu uns tapas
Eu te avisei, nada de drogas na minha casa
Amor, voc� � t�o sujo, voc� � um sortudo
Tamb�m te dei tudo, foi o primeiro fez tudo
Nosso beb� n�o vai mais se chamar Bruno
Voc� � t�o burro, tinha que estragar tudo
O Deus me disse que eu s� ligo pra pedir
� sempre a mesma coisa, � que eu s� penso em mim
E eu vou morrer se eu continuar bebendo assim
Antes de desligar esse � o terceiro e �ltimo rim
Sei o que voc� t� pensando lek, que eu enchi o bolso, que cresceu o dread
Hoje eu n�o tenho chefe, mas maldito game que me deu um cheque
O tipo de cara que nunca teve nada ent�o quando esses cara vence
Quer estampar na cara que eu n�o mudei nada
Que eu zerei os caixa e virei tudo em t�nis

Estamos todos presos, presas da falsa liberdade
Preconceitos, eu presumo, s�o pilares da maldade
Antes grilh�es que nos prendiam, at� nos vendiam pros outros
Hoje � a lux�ria que n�s prende junto com os cord�o de ouro
Ai voc�s fala: "Rod n�o � preto quer falar de escravid�o"
N�o sou judeu tamb�m, mas sempre achei Hitler m� cuz�o
T� pelo certo sempre, OutraLei, num mundo nonsense
T� pela letra, se fosse s� pelas drogas, eu escutava trance
Eu sou de outro plano, outro lado, pros careta outro trago
Me d� uma caneta ou a baioneta, eu mato o Bolsonaro
Me perdoe Deus, compartilhei o �dio entre os homens
Eu s� queria avisar o Senhor que eles est�o roubando e usando seu nome
Eu vim de Atl�ntida, reencarnei Brasil, subindo as rampa
Pra ficar longe desses merda eu dou descarga e fecho a tampa l�
Comigo � sem 2 papo, no beck � 2, passo
Finalizando o feat, eu engoli esse beat e nem arrotei depois, paz

S� limpa o sangue da camisa e manda se fu
Liga aquela Monalisa e chama pra fuder
N�o t� num momento bom pra esses verme vir me pilhar
MCs vagalume, apaga mais r�pido que brilha
Filha, voc� aceita ser a m�e dos meus bambinos?
Se o rap n�o vira n�s monta uma bica e vende uns pino
SPVic trouxe um fino e a foto dela nua
T� vendo ela me olhar, michar o Civic�o na rua
Mas deixa ele cresce, deixa achar que t� em casa
Descarrega e limpa o sangue da camisa do Damassa
Enquanto escrevo essas rimas tentando achar vacina
Lembrando quando eu transava com a vaca da rua de cima
Podia fritar, n�o fritei. Podia flipar, n�o flipei
Mas falei o que esses bucha ai t� demorando h� mais de um m�s
Num dizer que n�o falei das flores, das flores, falei
N�o falei foi do amor porque h� uns m�s atr�s matei! Tey!

Desde o evangelho perdido de Tom�
Meus ouvidos e a minha f� com os amigos sincroniza os sentidos
Aos vivos, sobre morte, mortos, livros, ciclos e a discrep�ncia de que quase tudo � relativo
Intrigo e entrego h�bil ao cego, na met�fora
Meu ego nessa c�psula e enterro no �den pra aturar outra f�bula
Proponho, servo! Sirvo ao risco pr�vio
O objetivo � s�rio
Privo ou sigo, esse que � nosso sonho coletivo
A aten��o em ser notado em meio a multid�o
Pensadores, professores e alunos em extin��o
Somos os computadores cada um com a sua vers�o
Detentores da mat�ria prima, preso � imita��o
E n�s partimos, latinos, j� foi a humilha��o
Colid�amos e sab�amos que n�o � religi�o
� �pera! Fiel � a nota que opera essa c�lera
Ent�o sobe l� no palco e aguenta o fardo ou a minha �lcera
� visceral entreter o sarau, n�o � diss-cerol, � o veredicto
Desigual � ferir a moral do Marcelo, David e Benedito
Num novo circuito al�m do conflito, desculpa, eu consigo viver no infinito e voc� n�o
Firm�o, � esse o intuito