M�quina do Guetto

As luzes dela iluminavam a janela do barraco
a fuma�a envolvia aquele quarto improvisado
o sil�ncio era o mesmo era s� vento no mato
e as rajadas de metranca limitando o morro ao lado
o qu� que t� acontecendo aqui ele perguntava
quando viu aquele povo de cabe�a arredondada
olho grande e nem piscava n�o deu tr�s segundos
e ele n�o viu mais nada e quando ele se deu conta
n�o sabia aonde tava s� sentia-se puxado em p� imobilizado
a sua volta rodeado de computador
enquanto isso eles programam um trajeto perigoso
e com cenas de horror seus olhos feito um gravador
gravava as imagens e sentia muita dor
parece comigo aquele cara ele pensava
enquanto o esquisito digitava dois zero nove quatro
era uma data planeta terra psicopata
o homem � o lobo do homem � o que ele escutava
v�rias vezes seguidas enquanto a nave aterrissava
o homem � o lobo do homem
gera��o de um mundo gueto futuro m�quina do gueto
e quando a nave aterrissou
o que lhe foi mostrado o lugar era asfaltado
na beira de um lago com �gua cor-de-rosa e uns peixe deformado
deserto e abandonado com um homem velho sujo
tava com as m�o pra tr�s de p� e debru�ado
vestindo um pano roxo comendo em um coxo
onde tempos atr�s comia um cavalo
n�o fique assustado disse aquele ser
enquanto ele chorava n�o tem o que temer
aqui � sua casa e aquele � voc�
o homem � o lobo do homem
gera��o de um mundo gueto futuro
m�quina do gueto.