Negro Baldu�no, belo negro baldo
Filho malcriado de uma velha tia
Via com seus olhos de menino esperto
Luzes onde luzes n�o havia
Cresce, vira um forte, evita a morte breve
Leve, gira o p� na capoeira, luta
Bruta como a pedra, sua vida inteira
Cheira a manga-espada e maresia
Tinha a guia que lhe deu Jubiab�
Que lhe deu Jubiab�
A guia
Trava com o destino uma batalha cega
Pega da navalha e retalha a barriga
Fofa, t�o inchada e cheia de lombriga
Da monstra mis�ria da Bahia
Leva uma trombada do amor cigano
Entra pelo cano do esgoto e pula
Chula na quadrilha da festa junina
Todo santo de vida vadia
Tinha a guia que lhe deu Jubiab�
Que lhe deu Jubiab�
A guia
Alva como algod�o e t�o macia
Como algo bom pra lhe estancar o sangue
Como �lcool pra desinfetar-lhe o corte
Como cura para a hemorragia
Mo�a Lindinalva, morta, vira fardo
Carga para os ombros, suor para o rosto
Luta no labor, novo sabor, labuta
Feito a m�o e n�o mais por magia
Tinha a guia que lhe deu Jubiab�
Que lhe deu Jubiab�
A guia
Negro Baldu�no, belo negro baldo
Saldo de uma conta da hist�ria crua
Rua, p� descal�o, liberdade nua
Um rei para o reino da alegria
Tinha a guia que lhe deu Jubiab�
Que lhe deu Jubiab�
A guia