- Diga l�.
- Digo eu.
- Diga voc�.
- E l�nguas como que de fogo tornaram-se invis�veis.
E l�nguas como que de fogo tornaram-se invis�veis. E se distribu�ram e sobre cada um deles assentou-se uma. E todos eles ficaram cheios de esp�rito santo e principiaram a falar em l�nguas diferentes.
- Eu gosto mesmo � de comer com coentro. Uma moqueca, uma salada, cultura, feijoada, lucidez, loucura. Eu gosto mesmo � de ficar por dentro, como eu estive na barriga de Claudina, uma velha baiana cem por cento.
- Tudo � n�mero. O amor � o conhecimento do n�mero e nada � infinito. Ou seja: ser� que ele cabe aqui no espa�o beijo da fome? N�o. Ele � o que existe, mais o que falta.
- O invasor me contou todos os lances de todos os lugares onde andou. Com um sorriso nos l�bios ele disse: "A eternidade � a mulher do homem. Portanto, a eternidade � seu amor".
Compre, olhe, vire, mexa. Talvez no embrulho voc� ache o que precisa. Pare, ou�a, ande, veja. N�o custa nada. S� lhe custa a vida.
- Entre a palavra e o ato, desce a sombra. O objeto identificado, o encoberto, o disco-voador, a semente astral.
- A cultura, a civiliza��o s� me interessam enquanto sirvam de alimento, enquanto sarro, prato suculento, dica, pala, informa��o.
- A loucura, os �culos, a pasta de dentes, a diferen�a entre o 3 e o 7. Eu crio.
A morte, o casamento do feiti�o com o feiticeiro. A morte � a �nica liberdade, a �nica heran�a deixada pelo Deus desconhecido, o encoberto, o objeto semi-identificado, o desobjeto, o Deus-objeto.
- O n�mero 8 � o infinito, o infinito em p�, o infinito vivo, como a minha consci�ncia agora.
- Cada diferen�a abolida pelo sangue que escorre das folhas da �rvore da morte. Eu sou quem descria o mundo a cada nova descoberta. Ou apenas este espet�culo � mais um cap�tulo da novela "Deus e o Diabo etc. etc. etc."
- O n�mero 8 dividido � o infinito pela metade. O meu objetivo agora � o meu infinito. Ou seja: a metade do infinito, da qual metade sou eu, e outra metade � o al�m de mim.