Num tenho capacidade
Mas sei que num digo � toa
Padre C�cero � uma pessoa
Da Sant�ssima Trindade
Perdido no Cear�
L� no meio do sert�o
Existia um bom padre
Chamado C�cero Rom�o
Doen�a, mis�ria havia
Doutor nem tinha por l�
Nem rem�dio em Juazeiro
S� as coisas que Deus d�
Tinha erva pelo mato
Muita f� no cora��o
Pois isso j� lhe bastava
Ao bom padre C�cero Rom�o
Muito doente sarou
S� de ouvir a prega��o
Pelos conselhos o padre
N�o cobrava nem tost�o
Sua fama correu mundo
E vinham todos ouvir
Tamb�m em quest�es de terra
Cabia ao padre decidir
Era o padre homem de bem
Que a paz muito prezava
E os campon�s armado
O padre sempre acalmava
Esse homem medicante
Que de gra�a trabalhava
Vivia da caridade
Daquilo que o povo dava
Finou-se um dia o velhinho
Foi grande a consterna��o
Juntou-se o povo sofrido
Na mais comprida ora��o
Piedoso testamento
Ouviu com todo respeito
Querendo saber do padre
Um pouco do seu direito
Fez-se leitura bem alta
Come�ando por fazenda
E cinco foram contadas
Que tinha ganho de prenda
L� na rua de S�o Pedro
Possu�a um quarteir�o
Fora mais quinze sobrados
Esse bom Padre Rom�o
Trinta s�tios bem cuidados
Era sua propriedade
Mais alguma casa ou lote
Tamb�m tinha na cidade
Muita vaca, boi e ave
Cabra, cavalo e carneiro
Que se perdeu logo a conta
Depois dos vinte milheiro
Essa est�ria vem provar
E o testamento tamb�m
Como sempre sai lucrando
Quem na vida faz o bem...