Quem vai silenciar
No ap�crifo temor de ser?
Face � um labirinto
Ou um salto no abismo
Paraliza o �trio de quem v�
E esse olhar, seja de quem for
N�o mira o que sou
Na alg�ria (ou dis�ria?)
Hei de me levantar
Quanto menos se existe
Mais se desarvora
Quando tudo se exime
Nada se alvora
Porque uma vida sem f�
� apenas uma alvorada nua
Desprovida da certeza
De crer al�m de si
Mas quem se interessa?
Quem vai silenciar
No ap�crifo temor de ser?
Face � um labirinto
Ou um salto no abismo
Paraliza o �trio de quem v�
E esse olhar, seja de quem for
N�o mira o que sou
Na alg�ria (ou dis�ria?)
Hei de me levantar
Ao senso de encarar um c�u
De estrelas maiores que eu
V�-las desabar do firmamento
Faz supor que a gravidade � uma puni��o
Que nos foi firmada na ironia
Para mostrar qu�o mais pr�ximo
Do p� se est�
E dele reviverem, bradando
"Esquecer-se, n�o!"
"Odiar-se, entregar-se, n�o!"
Numa ode final
De astros sem um olimpo
Afinal, afinal
De que serve um jardim
Se voc� n�o o tem?
E se o tem, n�o o divide com ningu�m?
Desprenda!
Flutua!
Quando fenecermos, riremos de Newton
Por sobre o ar
Porque, c� entre n�s
Bater no ch�o
N�o � nada
