Prodologicadamente

Um dia, eu estava sonhando
Dormindo, � claro
E nesse dito sonho, eu estava acordado
E fazendo um acabamento fornicativo
De cunho �ntimo com uma criatura vizinha minha

No sonho, chegou o marido da sujeita
Houve ent�o um desconforto, uma discuss�o
Um � num �, um foi num foi
Um terei tei tei, um estampido

E l� estava eu na porta do c�u
S�o Pedro ent�o disse
Apesar do seu passado pregresso
Eu nada tenho contra voc�, meu filho
Por�m, seu lugar � mais embaixo, pegue o beco

E eu, sem mais delongas
Rumei para o inferno
Em l� chegando, encostado no portal
Estava um c�oz�o, bicho invocado
E chupando manga

Me olhou de cima a baixo e falou
-� verdade, eu estava lhe esperando
E de antem�o, quero declarar que sou seu f�
Eu sou seu admirador, tenho todos seus LPs!
E nessa prerrogativa, gostaria de saber
Em que � que pensas t�?

E eu, usando de todo leruaite filos�fico do poeta Z� Limera
Falei
Eu penso nos arribanos, prozotiletascoteia
Postomococasmulambo nos progi das galil�ias
Eu penso at� no trulizo, no �bus das perif�rias
No chu� das contil�neas no chomot� das mat�rias
Na grota do z� lu�s, nas mimosas delet�rias
Nas palacanas do mundo, nas grinfas do z� tifon
Quelesdumeditabundo, castrapolicalifon

E meu nome � Falc�o, cantor de for�a vulc�nica
Prodologicadamente, cantor sem nenhuma p�nica
S� n�o pode apreciar-me
Pessoa sem-vergonh�nica
O c�o ent�o, caiu num choro de cortar cora��o
Ai ei aproveitei e me acordei porque
Eu n�o sou besta de ficar no inferno