Renata Maria

Ela era ela era ela no centro da tela daquela manh�
Tudo o que n�o era ela se desvaneceu
Cristo, montanhas, florestas, ac�cias, ip�s

Pranchas coladas na crista das ondas, as ondas suspensas no ar
P�ssaros cristalizados no branco do c�u
E eu, atolado na areia, perdia meus p�s

M�sicas imaginei
Mas o assombro gelou
Na minha boca as palavras que eu ia falar
Nem uma brisa soprou
Enquanto Renata Maria sa�a do mar

Dia ap�s dia na praia com olhos vazados de j� n�o a ver
Quieto como um pescador a juntar seus anz�is
Ou como algum salva-vidas no banco dos r�us

Noite na praia deserta, deserta, deserta daquela mulher
Praia repleta de rastros em mil dire�es
Penso que todos os passos perdidos s�o meus

Eu j� sabia, meu Deus
T�o fulgurante vis�o
N�o se produz duas vezes no mesmo lugar
Mas que danado fui eu
Enquanto Renata Maria sa�a do mar