Arrasta-p� no Rinc�o

� tardezita e a saudade me carrega,
Na dire��o da bodega, l� no fundo do rinc�o...
Meu pingo bueno, sabe a estrada do bolicho,
Entende dos meus cambichos e dos fandangos de galp�o.
Vou galopando, at� a venda do Mirala,
Compro um punhado de bala, saio assobiando a coplita...
Levo ansiedade, o pala esvoa�ando ao vento,
E o meu xucro pensamento numa morena bonita.
Sempre me embreto onde tem arrasta-p�
Sou doido pelas "mui�" e o compasso de vaneira...
Pego a pinguancha, gosto de "senti" o calor,
Estampa de domador, desses que v�m da fronteira.
Eu n�o insisto, nem topo a "mui�" dos outros,
Trago a energia dos potros e os olhos de pirilampo...
Chego na sala, vou direto �s querendonas,
D� uma piscada pra dona e nos bra�os j� me acampo...
A gaita ronca e sabe que eu n�o me encolho,
E de vereda eu escolho uma das mo�as mais lindas...
Sem cerim�nia eu me achego no peda�o,
Vou recebendo um abra�o e um beijo de boas vindas.
Nas mais ariscas a peonada joga o la�o,
O sal�o n�o tem espa�o, pra tanta jura de amor...
Coisa mais linda, toda mo�ada dan�ando,
E a vida vai desfilando na voz de um bom cantador.
Se algu�m me pisa, mais que ele de pressa me �rico,
A turma do "deixa disso" j� sabe que sou do bem...
Tudo se acalma e o baile segue tranq�ilo,
Pois surungo deste estilo nenhuma quer�ncia tem