Meu canto n�o conhece desencanto, vem peleando a tanto tempo
Mas n�o cansa de pelear
Hoje, j� se ouve a resson�ncia dessa voz de pe�o de est�ncia
Conquistando seu lugar
Meu canto, se quiser, eu te ofere�o, mas ningu�m me bota pre�o
Quando n�o quero cantar
Meu canto, companheiro, n�o se iluda, � como cavalo de muda
Que cansou de cabrestear
Meu canto, companheiro, n�o se iluda, � como cavalo de muda
Que cansou de cabrestear
Meu canto tem cheiro de terra e pampa, � um andejo que se acampa
Tendo o mundo por galp�o
Grita pra que o mundo inteiro ou�a, � raiz de muita for�a
Rebrotando nesse ch�o
Grita pra que o mundo inteiro ou�a, � raiz de muita for�a
Rebrotando nesse ch�o
Meu canto n�o � m�goa, n�o � pranto, nem passado, nem futuro
Que o presente � mais verdade
Hoje, o amanh� n�o me fascina, tenho o ontem que me ensina
Mas n�o morro de saudade
Canto nesta terra onde me planto, mas n�o pise no meu poncho
Que eu empaco e me boleio
Canto pra pedir mais igualdade, quem n�o gosta da verdade
Que se aparte do rodeio
Canto pra pedir mais igualdade, quem n�o gosta da verdade
Que se aparte do rodeio
Meu canto tem cheiro de terra e pampa, � o andejo que se acampa
Tendo o mundo por galp�o
Grita pra que o mundo inteiro ou�a, � raiz de muita for�a
Rebrotando nesse ch�o
Grita pra que o mundo inteiro ou�a, � raiz de muita for�a
Rebrotando nesse ch�o
Canto � minha voz quando levanto, n�o traz �dio, nem maldade
Coisas que n�o sei sentir
N�o que eu seja mais que qualquer outro, nem mais taura, nem mais potro
Se disser, eu vou mentir
Pe�o pra quem julga e d� conceito que esque�a o preconceito
E me aceite como sou
Manso como �gua de cacimba, mas palanque que n�o cimbra
Porque o tempo enraizou
Manso como �gua de cacimba, mas palanque que n�o cimbra
Porque o tempo enraizou
Meu canto tem cheiro de terra e pampa, � o andejo que se acampa
Tendo o mundo por galp�o
Grita pra que o mundo inteiro ou�a, � raiz de muita for�a
Rebrotando nesse ch�o
Grita pra que o mundo inteiro ou�a, � raiz de muita for�a
Rebrotando nesse ch�o