No Rinc�o do Risca-faca

O nego caco me assuntou de um bate-coxa
no sal�o do car�a-froxa, no rinc�o do risca-faca
baile afamado, cheio de prenda faceira
tava armada a borracheira, pois hoje ningu�m me ataca.

L� da porteira, avistei o entrevero
d�va pra ouvir o pandeiro e o gemido da cordeona
a matungada relinchando no arvoredo
e os gritos do chinaredo, pateando qual redoma.

Tem cordeona e tem festan�a, num sal�o de ch�o batido
Chinaredo a bola p�, querendo arranjar marido
tem cordeona e tem festan�a, num sal�o de ch�o-batido
fandango no risca-faca, � sempre mais divertido

O nego caco me gritou: passe pra dentro
j� t� bufando o fermento, e o sal�o v�io t� estufado
puxa gaiteiro, uma vanera bem cui�da
j� tem umas tr�s bei�uda me bombeando do outro lado.

Me atraquei numa morena espavitada
mais enfeitada, a marvada, do que toalha de cigano
varemo a sala num trotezito de ganso
acompanhando o balan�o, da cordeona do paisano.

Fedeu a porva e relampeava o fac�o
encostado no balc�o, o nego caco peleava
com tr�s maleva que abusaram da canha
e um bochincho de campanha, no sal�o j� se armava.

O car�a-frouxa, deu de m�o num tr�s oit�o
foi pro meio do sal�o e furou o teto a bala
- Oc�is n�o v�o me escuiambar o fandango!
gritou estalando o mango: quero respeito na sala!!!