Quando um candieiro se acende,
Toda a peonada se arrancha,
Um viol�o sai resmungando
E a gaita pedindo cancha...
A espora velha se arrasta,
Fazendo sulcos na sala,
E o cantor abre seu peito,
Numa vaneira baguala.
(Refr�o)
Nem bem a gaita floreia
E a morena me campeia,
Retrechando no sal�o...
A mo�ada se entrevera,
Que nem galinha em quirera,
Neste toque de galp�o.
Um contrabaixo rei�no,
Que mais parece um cincerro,
Um pandeiro meio mocho,
Fazendo ecos nos cerros...
O gaiteiro espicha os olhos,
P�ra coringar as morenas
E vai soqueando a cordeona
Enrolado nas melenas.
A gaita segue rangindo,
Que nem moenda de tafona
E a mo�ada mais afoita
Procurando as querendonas...
Neste toque de galp�o
A sala � um mundo pequeno,
Enquanto a lua l� fora
Fica bebendo o sereno.