Vem de l� de muito longe
Vem de l� de muito longe
Esse meu cantar
Vem l� das ruas desertas
Dos bares noturnos
Dos bei�os babados
Dos olhos soturnos
Do jeito cansado do corpo marcado
De quem j� apanhou de aroeira
Eu sou filho mais mo�o
Do pai que de morto
Me deixou a rua
Pra eu ver o desgosto
Do povo que vive na poeira
Quieto que a ordem � calado
E vamos ir em frente
Que a cavalo dado
N�o se olha o dente
Resta finalmente
Um tempo pra cantar
Um samba rasgado
Um samba dolente
E nos feriados n�o vai trabalhar
Vem de l� de muito longe
Vem de l� de muito longe
Esse meu cantar
Esse meu cantar
Esse meu cantar