Rir, que para tanta gente
� uma manifesta��o de dose de alegria
Para mim impiedosamente
� dissimula��o de um grito de agonia
Escutando a minha gargalhada
Ningu�m pressentir�
Que o riso me tortura
E ao mostrar a face amargurada
O mundo aplaudir� a minha desventura
Talvez julgando pouco o meu castigo
A l�grima n�o vem
Ao cora��o que sofre
Por�m o mundo h� de sofrer comigo
Ouvindo em minha voz
A derradeira estrofe
Talvez pare�a enredo de com�dia
A dolorosa cruz
Que levo passo a passo
Seria horr�vel seria uma trag�dia
Se algu�m pudesse ver
A alma de um palha�o
Como d�i sentir no peito em brasa
Enquanto a multid�o reclama uma piada
E depois, de volta para casa
Levar no cora��o, tristezas e mais nada
Nesta farsa eu mesmo colaboro
E assim da minha dor
N�o h� quem fa�a ideia
Sim, porque aquela que eu adoro
Est� com outro amor
No meio da plateia