Minha m�e meiga e sincera
Minha m�e que ainda me espera
Na velha casa que amei
Sa� com outros meninos
Embaracei-me nos destinos
E nunca mais regressei
Eu julgava que as pessoas
Fossem todas muito boas
Que de mim tivessem d�
Nunca mais por onde andasse
Encontrei quem me cuidasse
E vi que m�e, � uma s�
Uma s� que infelizmente
Sofre tanto pela gente
Que a faz cedo envelhecer
Por�m, seu pranto � secreto
E o seu filho predileto
� o que mais a faz sofrer
M�e, roubaram os meus brinquedos
Devassaram os meus segredos
E s� me deixaram a dor
A dor queima como brasa
Quero voltar para casa
Onde � doce o teu amor
Os meus cabelos grisalhos
De desgostos e trabalhos
N�o s�o para o teu olhar
Ante esse olhar de bondade
Tenho a inf�ncia a mocidade
E o direito de chorar
Os amigos me deixaram
As mulheres me enganaram
Mal, o mundo, s� me fez
Chega de tantos fracassos
Quero voltar aos teus bra�os
E ser crian�a outra vez