N�nias

Murcharam no jardim os cris�ntemos,
As magn�lias se despetalaram,
As rosas de perfume t�o amenos
Sentindo tua aus�ncia desmaiaram.
O vento agora passa solu�ando,
As flores que morreram carregando,
O pr�prio vento entende a minha solid�o
E a viuvez do meu dorido cora��o.

Aquele sabi� que na alvorada
Vinha te dar a matutina sauda��o,
Ao ver nossa choupana abandonada
Morreu, agonizando na garganta uma can��o.
As pr�prias andorinhas irrequietas,
Agora t�m por nosso lar grande pavor,
Fugiram as policromas borboletas
Pois n�o existe no jardim nem uma flor.

E qual um irer� descasalado
Contemplo o nosso ninho abandonado,
Na cristaliza��o da minha m�goa
Meus olhos esmaecem rasos d'�gua.
E agora que o teu lar � um campo santo
N�o ouves a agonia do meu pranto,
� n�nias amorosas, n�nias imortais!
Que compreende-las tu n�o podes nunca mais.