N�o h� dor que sangre mais
A devo��o do cora��o
No negror da cruz que ingratid�o
Toma a tua que n�o tem perd�o
Eu te juro sem temor
Que tu n�o me tens amor
N�o me tens amor, bem sei
Eu te juro e jurarei
Tu sorris por que raz�o
De mim sorris?
No jardim do cora��o infeliz
Um buqu� das minhas l�grimas, fiz
J� te dei as rosas em que
A minh�alma achei
Se s�o flores lacrimosas
S�o as rosas d�almas
Que eu por ti chorei
O beijinho da trai��o
Eu dei em ti talvez cruel
S� porque cerraste o cora��o
Transformou-se em um jasmim de fel
Beijo dado sem amor
� o licor de mais travor
Sem perfume e sem valor
Beijo assim n�o tem odor
Se tu tens de me esquecer
Por que viver?
Diz, ordena como hei de morrer
E as vontades tuas hei de fazer
Mas um beijo com prazer
Tu tens de dar
Quero ap�s o beijo dado
Nele sepultado e nunca mais beijar
Fui poeta sem querer
S� para te obedecer
Tu n�o tens, n�o tens temor de Deus
Pois sorris dos pobres versos meus
Vem um dia a compaix�o
Desta genuflex�o
Fui poeta sem querer
Fui e sou e hei de ser