Quando eu era menino, vi do c�u um pedacinho
A fazenda santo Antonio do meu velho tio Pedin
Felicidade infinita, era joia mais bonita do munic�pio de Altinho
A casa sede era grande, de alpendre arrodeada
Um quarto pra guarda cela, arreio, toda tro�ada
Encostado com a cozinha, uma casa de farinha
Pra se fazer farinhada
Quatro horas da manh� para o curral eu corria
Leite do peito da vaca traz sa�de e energia
Tinha vaca que respeite
Em�dio levava o leite pra cidade todo dia
Na mesa tinha de tudo, cuscuz com leite e coalhada
Queijo de coalho na brasa, carne de sol bem assada
Bolo de milho com c�co, tinha costela de porco
Macaxeira cozinhada
No inverno a canjica, a pamonha era � vontade
Tio Pedin matava um boi dava e carne pra os compades
No bacamarte um recado, S�o Pedro era festejado
Ai meu Deus quanta saudade
Na beira do rio una tinha corti�o de mel
Inhame, batata doce, laranja e mimo do c�u
A banana prata e p�o, os p�s de coqueiro an�o
�gua doce feito mel
No terreiro, era bonito de se ver a bicharada
Pato, galinha guin�
Os perus dando rodada
Bode cabra e leit�o, tinha um casal de pav�o
Ovelha gorda enrolada
Santo Ant�nio mudou de dono veio a moderniza��o
Derrubaram a casa sede, o cocheiro e o galp�o
A tristeza me invade quem j� foi felicidade
Hoje � so recorda��o
Tio Pedrinho n�o vive mais nem tia Alda tamb�m
Foram morar com Jesus, na fazenda do al�m
A lembran�a hoje, � um sonho e quando vejo santo Ant�nio
Sinto que morri tamb�m