Eu gosto de um forr� melado
Suado e empoeirado, da cabe�a at� o p�
Onde tem cana de cabe�a, daquela que � boa
Quando o sanfoneiro padece e a morena n�o enjoa
Quando se ouve o xique-xique da chinela
Quando a donzela cai da m�o do gavi�o
Onde a sanfona e o zabumba se incrementam
O cabra se arrebenta e dan�a at� de p� no ch�o
N� mentira n�o, quando apaga o lampi�o
N� mentira n�o, a poeira sobe do ch�o
N� mentira n�o, daqui ali um belisc�o
N� mentira n�o, cabra enxerido passa a m�o
E a gente fica naquele cantinho
� um agrado, � um cheirinho, � um tira m�o
E esse forr� � porque a gente merece
E nessa hora a gente esquece e dan�a at� de p� no ch�o