B�ia Fria

Levantam cedo, madrugada todo o dia
Sobem na carroceria do caminh�o que lhe esperam
Amontoados feito gados, l� v�o eles
Cumprir o destinos deles de pesadelos e guimera

Homens, mulheres, crian�as de todas as idades
Todos com a mesma ansiedade de cumprir sua jornada
V�o prosseguindo sempre nessa corda bamba
Sabendo que a morte ronda em cada curva de estrada

Dia e noite, noite e dia
� Jo�o e � Maria
Dia e noite, noite e dia
S�o pingentes, b�ias frias

Qualquer perigo � pouco, quando a fome agu�a
Mesmo na roleta russa da carroceria cheia
V�o pro trabalho, mesmo n�o tendo sal�rio
Tudo bem s�o oper�rios, feito abelhas na colm�ia

Homens de a�o, com a for�a da humildade
Vivem a dura verdade, deixam seus sonhos de lado
Olhar cinzento, rosto amargo, cicatrizes
Mas ainda s�o felizes sob um toldo de encerado

Dia e noite, noite e dia
� Jo�o e � Maria
Dia e noite, noite e dia
S�o pingentes, b�ias frias