Eu sei que tu tens saudades
Da outra tua companheira
Pra resmungar na mangueira
Tomar cacha�a em bolicho
Ou esporear num bochincho
Alguma china manheira
Chilena velha de ferro
Atada junto ao garr�o
Roseta picando o ch�o
Numa festa ou entrevero
Na fosca luz do candeeiro
Sapateando no galp�o
Cortou paletas de potros
Riscou as canchas de tava
Qualquer parada topava
Viesse de culo ou olada
E cansou de pedir bolada
Do quebra que corcoveava
N�o foste mais ao rodeio
Baile, doma, marca��o
Te desatei do garr�o
Por falta da companheira
E abandonaste a mangueira
Vivendo pra tradi��o
O tempo te envelheceu
Te atirou ao abandono
Perdeste noites de sono
Rondando tropas no pampa
Ouvindo estalar de guampa
E a cochichar com teu dono
Querida espora ga�cha
Dizendo assim eu n�o erro
N�o ou�o mais o teu berro
Nem ou�o mais teu barulho
De ser teu dono me orgulho
Bendito traste de ferro.