Pingo � Soga

Quando penso em ti, rinc�o querido,
Deixo estirado o maneador na estaca
E me recordo daquela indiada taca
E de muitas m�goas que tenho sofrido.

� tardinha., quando o sol se esconde,
Vem a saudade me mudar de pasto.
Eu a cabresto vou deixando o rastro
E fico pensando sem saber aonde.

Lusque-fusque, vejo o fogo no galp�o
Ou�o a cordeona num solu�ar tristonho
Longe do pago me representa um sonho
E sinto bater forte no peito o cora��o.

Ou�o o cincerro da velha �gua-madrinha,
Quero-quero gritando l� no baixo.
Fico alegre quando algu�m me quebra o cacho
E vou ver a china linda que foi minha.

De madrugada, ao romper da aurora,
Cheio de pranto que meu peito afoga,
Tenho vontade de rebentar a soga
E ir relinchando pela estrada afora.