[Tia]
Eu vou contar uma hist�ria
Que eu n�o sei como come�a
Eu vou contar uma hist�ria
Que eu n�o sei qual � o fim
[Tia]
At� onde batem as asas desse pau-de-arara?
[Mamulengo]
At� ali pelas bordas de S�o Paulo
[Tia]
Maravilha! E leva muito tempo?
[Cabra-de-Lata]
Tempo � o que ele menos leva, minha senhora
[Tia]
E tem espa�o pra mais tr�s?
[Cabra-de-Lata]
Tem
[Tio]
Vamo simbora, Dorot�ia! Vamo simbora
[Cabra-de-Lata]
Eu num v�! Eu j� disse que eu n�o quero ir!
[Tio]
M�menina, j� tivemo essa conversa, num �?
Vamo simbora, Dorot�ia!
[Dorot�ia]
N�o!
[Tio]
V� se cresce, Dorot�ia!
[Tia]
Ande logo, minha filha, escute o seu tio
Pegue as suas coisas e vamo simbora, venha
[Dorot�ia]
Mas, tia, por que a gente tem que ir?
[Tia]
Eu vou contar uma hist�ria
Que eu n�o sei se interessa
Mas essa � nossa hist�ria
E eu vou contar mesmo assim
Eu vou contar uma hist�ria
Que eu n�o sei como come�a
Eu vou contar uma hist�ria
Que eu n�o sei qual � o fim
Eu vou contar uma hist�ria
Que eu n�o sei se interessa
Mas essa � nossa hist�ria
E eu vou contar mesmo assim
[Todos]
A cada adeus que se dizia
A cada n� que se franzia
E como s� nunca se ia
Juntou-se o p� e se criou a poesia
A cada adeus que se dizia
A cada n� que se franzia
E como s� nunca se ia
Juntou-se o p� e se criou a poesia
Eu vou contar uma hist�ria
Que eu n�o sei como come�a
Eu vou contar uma hist�ria
Que eu n�o sei qual � o fim
Eu vou contar uma hist�ria
Que eu n�o sei se interessa
Mas essa � nossa hist�ria
E eu vou contar mesmo assim
Tem que ser t�o
Tem que ser t�o
Tem que ser t�o
Tem que ser t�o