Foi depois de um retou�o, num surungo crinudo
L� me fui macanudo, nem o diabo me ataca
Da minha guampa, algum trago pra esquentar a garganta
Na garupa percanta, vou batendo matraca
Eu, j� meio floreado, la�ado a meia espalda
Mas, pra mim, pouco importa tamanho da ressaca
Apertando a tib�rcia igual queijo no cincho
Desdobrando o bochincho, vou batendo matraca
Batendo matraca, me vou estrada afora
Retinindo a espora no tranco do Mouro
Cantando as vanera' do baile da esquina
E o cheiro das china'
Te arrasto pro meu rancho, pra ela, fiz a proposta
Vem comer coisa grossa: Sarabuia e mandioca
Num fundo de campo, o lugar � um capricho
Pra morar e criar bicho, pra ti bater matraca
Admiro a coragem de uma china gaud�ria
Arresolvida' e s�ria que, num macho, se atraca
L� se vai na garupa d'um xir� macanudo
Desses pe�o' bem cui�do' batendo matraca
Batendo matraca, me vou estrada afora
Retinindo a espora no tranco do Mouro
Cantando as vanera' do baile da esquina
E o cheiro das china'
Grudadito no couro
Xir� veterano sabe o carreiro das paca'
Volto pra sala e ato a cola numa dan�a
Enrolado nas tran�a'
Bamo' batendo matraca
Se deu isso comigo, num surungo da esquina
Fim do baile, uma china, na minha frente, se empaca
Atirei na garupa do meu Mouro carancho
Foi comigo pro rancho pra bater as matraca'
Me boleei l� no rancho, no Rinc�o do Sossego
Fui resbalando' os pelego' e afrouxando a guaiaca
Me grudei na percanta que j� estava incendiando
No borraio' rolando, fumo' batendo matraca
Batendo matraca, me vou estrada afora
Retinindo a espora no tranco do Mouro
Cantando as vanera' do baile da esquina
E o cheiro das china' grudadito no couro
