Nasceu liberto e gaud�rio, teatino dos quatro vento'
Com ele, presa nos tentos, a guitarra companheira
Estradeou pela fronteira' bordoneando com apego
Foi andejo sem sossego nestas plagas missioneira'
Por patr�o, teve o destino, em vez de rancho, pulperia
Onde semeou alegria, noite adentro, madrugada
No galp�o com a peonada, mateou e contou hist�ria
Restos de amores e gl�rias que espalhou pelas estradas
Payador, cria da pampa, vaga-lume em noite escura
P�lo duro de alma pura a cantar nas madrugadas
Missioneiro, Deus te pague pelo som dessa guitarra
E este canto sem amarras que canta S�o Luiz Gonzaga
Tua voz � o clamor das ru�nas em noites claras
Cantar de mil cigarras extraviando pago afora
Tem a estampa de outrora, do �ndio que se levanta
Como um bagual que se espanta no tinido das esporas
Paysano, mestra crioula de sentimento aragano
Os Sete Povos soberano', com manhas de payador
Teu canto � conservador e ecoar� de sul a norte
Porque nascestes c'o a sorte de missioneiro cantor
Payador, cria da pampa vaga-lume em noite escura
P�lo duro de alma pura a cantar nas madrugadas
Missioneiro, Deus te pague pelo som dessa guitarra
E esse canto sem amarras que canta S�o Luiz Gonzaga