Casal de Louco

Eu fui sem sorte com a minha china
Por ser bonita me encambichei nela
Faceira e disposta pitel de menina
Vi desfilando numa passarela
Falei pra ela vou alevantar um rancho
Socado a garr�o que � pra n�s mor�
J� logo tu aprende cantar e toc� gaita
E nas horas de forga eu te ensino dom�
Encrenquei com ela s� por ser ciumenta
J� logo vi que a danada n�o presta
Ela me fincou-lhe uma p� de polenta
Que me fez um ovo no meio da testa
Saquei do trinta l� dentro do rancho
Chegava a guasque� fogo pelas fresta
Que pra os vizinho virou um inferno
E pra mim parecia um dia de festa

At� hoje eu tenho um caro�o na testa
Farinha de milho por dentro das venta
Por mas que n�s se arrebente a gorpe
Eu morro de fome e n�o como polenta

(h�h�, polenta n�o, benzinho)

O meu trabuco esquentou o cano
Mas fiz ao peda�o o fog�o de lenha
Por saber que macho n�o bate em mulher
Respeitei a lei da "senhora da penha"
O resto furei quase tudo a bala
Fui me vingando nas coisas do rancho
S� me escapo um parmo de salame
Por ser o mais pequeno que tinha num gancho
Passemo a noite se entortando a pau
Pra incomod� os vizinhos quaje amanhecemo
Escap� pra rua disparando nua
Que por minha causa vai tomar veneno
Me atira pedra e grita"fiadaputa"
Sapateia os p� s� diz barateza
De noite vira o saci perer�
Mais de dia alcaide fica uma beleza

At� hoje eu tenho um caro�o na testa
Farinha de milho por dentro das venta
Por mas que n�s se arrebente a gorpe
Eu morro de fome e n�o como polenta

(a tipa atoa usa mini saia sem nada por baixo
E ainda encruza a perna, diante aos meus amigo)

Dali a pouco em dere��o ao biombo
Se vinha piscando um fogo engra�ado
Olhei pra porta era os brigadiano
J� se foi boleando os quatro sordado
Levantaro as arma e pegaram meu "grito"
"m�o na cabe�a sim senhor t� armado"
Mas n�o dei bola e segui atirando
E s� me entreguei depois de maneado
Respondi um processo, mas n�o me arrependo
Um homem apanhando se vira num le�o
Inda se fosse peleando com macho
Pior � uma china le d� de a trai��o
Quem acha que n�is perdemo a vergonha
Sentindo ci�me � pra j� que peleamo
Casal de gentaia dos bem sem vergonha
Que frauteia a vida, mas n�o se apartemo

At� hoje eu tenho um caro�o na testa
Farinha de milho por dentro das venta
Por mas que n�s se arrebente a gorpe
Eu morro de fome e n�o como polenta

(diaba v�ia, louca, desgra�ada
Qu� me mat� chirua)