De Mala e Cuia Pra Campanha

Vou voltar domar de novo l� na est�ncia da figueira
Pra pialar �gua veiaca na porteira da mangueira
Esta tal vida de artista � s� aperto e sofrimento
E anda igual chicolatera batendo lata nos tento
� igual vida de lebr�o que sempre anda de culo
Comendo de gr�o em gr�o e dormindo de pulo em pulo
Quando ganha umas migalha, parece que o dinheiro some
A gravadora milion�ria e o cantor passando fome
Os meu direito n�o vem e as conta se atrasa
Muito tocado na r�dio e quase tocado de casa

(Vou fazer de tudo um pouco, os afazeres da fazenda
E nos dias de chuva eu tiro folga
E tran�o as cordas de encomenda)

L� fora minha condu��o � um Pingo de fundamento
E a gaita vai na garupa pra toca em acampamento
Nos bochincho de convite nos rancho beira de estrada
Pra alegrar o chinaredo nas farras de carreirada
Vida de artista � explorada fazem da gente um capacho
E o �ndioanda mais sovado que mamadeira de guaxo
Fama, cartazes e sucesso n�o dobrou este vivente
Por isto estou de regresso pra viver em paz novamente

Os meu direito n�o vem e as conta se atrasa
Muito tocado na r�dio e quase tocado de casa

(E este dom que Deus me deu, meu agradecimento � tanto
De cant� e toc� um instrumento e dizer versos de encanto
Obrigado aos milhares de f�s que valorizam meu canto)