(Minha bota � crua, feita de garr�o de potro
Saquei das garra de um aporreado tordilho
Que se boleou e quebrou o pesco�o num Pau Ferro
Sovado a suor da potrada que eu encilho)
Chap�u mangueira aninhado nas melena
Guapeando a poeira, minuano, chuva e morma�o
Como bandeira uso um len�o maragato
E pros al�ado vai doze bra�a de la�o
Como bandeira, uso um len�o maragato
E, pros al�ado vai doze bra�a de la�o
Sou cria antiga, do tempo das casa v�ia
Belas lembran�a que a mem�ria galopa
Aboiei touro, assoviando nas estradas
Cumpro o destino na culatra d'uma tropa
Aboiei touro, assoviando nas estradas
Cumpro o destino na culatra d'uma tropa
(Trago flechilha na dobra dos meus arreio
Grudado nas bota, terra de outras quer�ncia
Tenho na barba o cheiro do fogo de ch�o
E o amor ao Rio Grande, miolo desta consci�ncia)
Eu sou a pr�pria estampa do guasca pampeano
A cavalo, vestido com esta pilcha de outrora
Carcando a espora, vou sorvendo liberdade
Pelos rodeio correndo boi campo afora
Carcando a espora, vou sorvendo liberdade
Pelos rodeio correndo boi campo afora
Sou cria antiga, do tempo das casa v�ia
Belas lembran�a que a mem�ria galopa
Aboiei touro, assoviando nas estradas
Cumpro o destino na culatra d'uma tropa
Aboiei touro, assoviando nas estradas
Cumpro o destino na culatra d'uma tropa
(Repasso pros filhos o conhecimento campeiro
E c'os amigos reparto meu cora��o
Pois vem do passado esta cantiga estradeira
Que j� faz parte da gloriosa tradi��o)
E a cantiga que salta da minha garganta
Que se agiganta num trotezito chasqueiro
Cruzando o mundo, reverenciando o passado
Num verso xucro que acorda o Rio Grande inteiro
Cruzando o mundo, reverenciando o passado
Num verso xucro que acorda o Rio Grande inteiro
Sou cria antiga, do tempo das casa v�ia
Belas lembran�a que a mem�ria galopa
Aboiei touro, assoviando nas estradas
Cumpro o destino na culatra d'uma tropa
Aboiei touro, assoviando nas estradas
Cumpro o destino na culatra d'uma tropa