Patr�o permita licen�a
Quero arrumar uma cestiada
Venho de uma entrega de tropa
Cansado de tanta estrada
Faz muitos dias patr�o
Eu ando de trecho em trecho
No reponte de uma tropa
Costeando uns potros de queixo
Teus pingos j� vem sentindo
Se apalpando de estropiado
Eu de saudade da china
Venho tanto basteriado
Patr�o me venda uma canha
E a metade de um monicho
E arrume um fumo com palha
Que tou cortado dos v�cios
Embora miss�o cumprida
A plata ainda � minguada
Pois n�o consegue fortuna
Quem nasceu pra andar na estrada
Q�u� fibra atada nos tentos
E p� cal�ado na espora
Na culatra de uma tropa
Por este Rio Grande afora
(Na culatra de uma tropa
Por este Rio Grande afora)
Se n�o se impota patr�o
Vou encostar os potros na aguada
Depois volto e desen�ilho
Banho a alma numa tragada
Se n�o for muito patr�o
Me sirva com mel de europa
Porque eu venho com a voz rouca
De abrir a goela com a tropa
E agora de p� no estribo
Vou lhe agradecer patr�o
Pedindo a Deus que aben�oe
Este peda�o de ch�o
Tomara que eu sempre encontre
Nos corredores do pago
Gente buena igual a ti
E um bolicho pra tomar um trago