Mandando Bota

L� pela est�ncia eu terminei os alambrados
Ficou tinindo que nem corda de viol�o
Cerne de aroeira de pau ferro bem socado
Que te garanto que n�o passa nem lebr�o
J� faz uns quatro ou cinco m�s que t� enfurnado
At� meu r�dio j� se triminou c�oas pias

De noite escuto solto um grito de Urutau
E uns burros choram l� nas coxilhas
Eu j� mandei um recado pro chinaredo
Reuniu tianedo que � com certeza que eu vou

Vendi uns guaxos e recebi o meu sel�rio
Pois ontem mesmo o patr�o v�io me pagou
Sou pe�o sorteiro e n�o dou bola pra dinheiro
Num entrevero gosto de me deverti
Entro pra sala e bato taco a noite inteira
E ai do sorro magro que tente me impedi

N�o � por pouco que eu sou louco por mui�
Ronco de gaita de algazarra e bebedeira
Uma farra grossa e uns tr�s dias de banz�
Mandando bota sela afora a noite inteira

N�o � demas pra quem vive na judiaria
Na boemia ter umas horas de conforto
Uma noite em claro arrodiado de gurias
Vendo o tianedo disfetando do decoro
Um xote v�io de bail� co�ando os tocos
Num rancho tosco intupido de mui�
E uma morena me trazendo num sufoco
Me arranca as unha pisoteando no meus p�
Que cousa buena o calor de um corpo de china
Tr�s a teatina pegadita pelo meio
Metendo dan�a no balan�o duma esgrima
� bem melhor do que soco dum arreio
Daqui uns tr�s dia eu t� de �Levanta patr�o�
Quando eu cansar e destransi� da cruzanca
Bail� com a tianga uns duzentos vaner�o
De cabe�a baixa eu chego batendo na marca

N�o � por pouco que eu sou louco por mui�
Ronco de gaita de algazarra e bebedeira
Uma farra grossa e uns tr�s dias de banz�
Mandando bota sela afora a noite inteira

(De cabecinha baixa eu chego quietinho por tr�s do galp�o
Mais solado que rejera de boi manso, tch�)