(Quando escuto o Quero-Quero nas canhadas
Ou nas coxilha, o minuano assoviando
Berro de gado no lombo dos corredores
Ou campo afora, algum potro relinchando)
Quando escuto um floreio de cordeona
Ou no costado, um bordoneio de viol�o
E nos desfiles, o trop�u das cavalgadas
Sinto mais forte o bater do cora��o
Tamb�m escuto algu�m dizer com ironia
Querer falar e provar que estou errado
Que as tradi�es e o gauchismo pouco valem
Neste mundo t�o moderno e avan�ado
As pequenas coisas simples � que geram
O saber e o pensamento mais profundo
Quem n�o pode compreender a sua terra
Como, ent�o, poder� entender o mundo?
Chega pra c�, vamos tomar um chimarr�o
E o churrasco, vai se servindo a vontade
Venha sentir o sabor da tradi��o
E o verdadeiro gosto da hospitalidade
(Quando escuto o doce canto dos riachos
E das vertentes transparentes, cor de anil
Com suas encostas coloreadas de pitangas
Nas primaveras, flores de encantos mil)
Quando escuto nos mil sons da natureza
Tantas belezas que o tempo n�o desfaz
A brisa mansa que semeia nesses campos
A nova aurora, esperan�a, amor e paz
Tamb�m escuto algu�m dizer que isto � passado
As tradi�es, que nos v�m dos ancestrais
Se hoje o mundo est� em paz e muito al�m
� a cibern�tica e projetos espaciais
As pequenas coisas simples � que geram
O saber e o pensamento mais profundo
Quem n�o pode compreender a sua terra
Como, ent�o, poder� entender o mundo?
Chega pra c�, vamos tomar um chimarr�o
E o churrasco, vai se servindo a vontade
Venha sentir o sabor da tradi��o
E o verdadeiro gosto da hospitalidade