De cardeal, eu trago a sina, pois ganho a vida no bico
Entre Brasil e Argentina, cantando, me justifico
Pra adaga de ponta fina, eu fa�o corpo de mico
N�o pago pens�o pra china, nem dou louvado pra rico
Depois que eu ranjo meus dente
N�o tem de mam�e me afaga
N�o fujo de tempo quente
Nem de fa�sca de adaga
Honro a ra�a da minha gente
Da velha S�o Luiz Gonzaga
Bei�udo que corcoveia tenta e n�o me bota fora
Pois se rodar, se lonqueia no bico da minhas espora
No calor de uma peleia, meu sangue se revigora
E s� conhe�o cadeia pelas paredes de fora
Depois que eu ranjo meus dente
N�o tem de mam�e me afaga
N�o fujo de tempo quente
Nem de fa�sca de adaga
Honro a ra�a da minha gente
Da velha S�o Luiz Gonzaga
Mandei benzer o meu mango em noites de sexta-feira
Uma maula, pra me dar um tombo � s� que derreta a basteira
Minhas chilena matam a fome com sangue de barrigueira
Montei at� em lobisome surrando com uma cruzeira
Depois que eu ranjo meus dente
N�o tem de mam�e me afaga
N�o fujo de tempo quente
Nem de fa�sca de adaga
Honro a ra�a da minha gente
Da velha S�o Luiz Gonzaga
Nas bailantas missioneira, aparto a mais cobi�ada
No cabo de uma vaneira, dan�o de pata trocada
No ouvido da trigueira, falo s� coisas que agrada
E a china mais caborteira se entrega na madrugada
Depois que eu ranjo meus dente
N�o tem de mam�e me afaga
N�o fujo de tempo quente
Nem de fa�sca de adaga
Trago a ra�a da minha gente
Da velha S�o Luiz Gonzaga
(Semo' missioneiro marca bugra
N�o � meu amigo Ad�o Br�z?)