Retratos do Pampa

Quando o frio do inverno chega na quer�ncia
Atropelando tudo em suas noites calmas
O vento minuano vem gemendo solto
E a melancolia brota em minha alma
Quando a geada fria vem branqueando os campos
E a cachorrada se recolhe pro galp�o
Toda a cavalhada arrepia o pelo
Eu abro os pe�oelos do meu cora��o

S�o retratos do pampa vivenciados dia a dia
Pincelados na moldura com letras e melodias
S�o retalhos de saudade componentes de uma hist�ria
S�o peda�os de lembran�as emalado na mem�ria

Quando o sol mostra o focinho por de tr�s de uma coxilha
Encilho o meu cavalo e saio campo a fora
Repontado o gado pro pelado de rodeio
Abanando o pala e tilitando a espora
Enquanto duas �guas se coiceiam na invernada
Provocando um potro que tem cisma de bagual
Um touro mocho escarva a terra na porteira
Uma vaca pampa d� cria num macegal

Ao final da recolhida reponta a potrada xucra
E a cadela preta que tem manhas de campeira
E no grito do entrevero de-lhe boca pro gateado
E a tropilha corcoveando segue ao rumo da mangueira
Embu�alo um mala cara com pinta de caborteiro
Dou de m�o na minha chilena e um panuelo colorado
Me enforquilho numa maleva corcoveado sem destino
E um mango de couro cru sempre surrando cruzado

S�o retratos do pampa vivenciados dia a dia
Pincelados na moldura com letras e melodias
S�o retalhos de saudade componentes de uma hist�ria
S�o peda�os de lembran�as emalado na mem�ria