Em Primeira Pessoa

Cada vez mais me encontro
Mais distante do mundo
E sempre mais dentro de mim
Lendo o livro da vida
Sem me preocupar de como vai ser o fim
Eu j� nem sei existir, se sei n�o sei distinguir
Eu busco abrigo ao tempo
Que por sinal cada vez parece ser menor
Precisei morrer estando vivo
Pra descobrir quem eu sou
Pra aceitar pra onde eu vou
Ou talvez s� me encontrar

E o futuro sempre vem, e com ele muito mais batalhas
Mas sou auspicioso demais enquanto a isso
Se voc� tem me ouvido
Cuidado cuidado com o que sou

Sou seu estado �mpeto
Como um r�u mal visto a frente de um tribunal
Sua iman�ncia m�stica
Inimput�vel por desconhecer totalmente a raz�o

Sou eu quem te encontra
Sou eu quem vai levar
Eu me lembro, n�o tem como esquecer
N�o tem como esquecer
Mas veja bem, adentre em s�
Mas sinta se a vontade pra sair
Caso n�o se sentir bem
Os meus passos s�o ao fundo
Nesse tubo invis�vel que poucos conseguem ver
Percep�es se elevam, olhos de vidros delatam
A real de quem existe dentro de n�s
Nosso eu residente, o hospede que vive sempre
Atr�s de mais, sempre

O elo que desperta marca em muitos
� for�a de uma f� que nos consome
E que nos faz sentir vivos