Sem emo��o no bagulho, ai, aqui � n�s tiozin
Favela sim, gueto sim, rap legitimo
Fruto dos becos, eco dos pensamento tenso
Dos fund�o dos gueto �s invas�o do centro, � desse jeito memo
Distante dos flash, sem perfil pra c�lebre
Ainda atendendo, a expectativa dos moleque
Entre os click-clack, os beck vai, aqui os verme cai
Aqui os verme cai, � n�s memo rapaz
Sobrevivente da guerra, do morro, do esgoto, do mofo
Do lodo, dos loucos, dos porco, sem socorro
Com alta capacidade, �, de em frente a tela rir de si
Porque sua instru��o s� foi o gibi da Magali
Porque n�o l�em, n�o escrevem, n�o fazem c�lculos
N�o sabem quem s�o, sua localiza��o no mapa geogr�fico
Analfabetos, oficialmente alfabetizados
Futuros soldados da na��o, n�o, dos morros do estado
Guardi�es de ponto de tr�fico, usu�rios, presidi�rios
Baleados, finados, abandonados, descriminado, desempregado
Desesperan�ados enfim, todos semelhantes � mim
O dono da tristeza no jardim das dores
Aonde o sangue orvalha as flores das primavera sem cores
Ai, nasci no inferno e contrariei o l�gico
E hoje vim pra ressuscitar os mortos
� A286 que t� no ar e n�s n�o vai parar
Enquanto houver motivos, tiros, atentados
Favelado Injusti�ado, inocentes condenados
� A286 que t� no ar e n�s n�o vai parar
T� de tira��o cuz�o, sente na pele
O efeito do esquecimento, a febre dos moleque
Confuso na escurid�o, temendo os pr�prio sentimento
Cultivo minha depress�o, ref�m da m�goa no peito
Sorrisos trai�oeiros feito l�mina afiada
Elogio s�o veneno e tudo que seduz mata
Maldade nunca descansa
E o pior inimigo � o excesso de confian�a
Por tr�s de toda riqueza h� uma injusti�a
T� armado sim, � que paz s� vi no sorriso das minhas filhas
Sem alternativa em meios aos dem�nios penso
Aonde a vida n�o tolera medo?
Foda-se seus conceito �tico, certo n�o existe
O bom nem sempre � justo, mas o final � sempre triste
� tio, pra quem nascer foi a pr�pria trag�dia
Nunca vi minha vida numa novela
Onde at� o dem�nio gela, se os menor nada tem a perder
Onde os homens morrem antes de adoecer
Onde os pais enterram seus filhos, as ora�es foram in�teis
Pai de fam�lias bem louco em dias �teis
Mortos em corpos vivos, ingl�rios
Devotos da volta de Cristo, e � �bito
Queria acreditar que a morte tr�s o para�so, a paz
Sem ter que me questionar: Deus sabe o que faz?
O Deus que salva, previne, n�o deixa o fogo queimar
Quem at� teve o livre arb�trio, mas n�o a op��o de n�o chorar
� A286 que t� no ar e n�s n�o vai parar
Enquanto houver motivos, tiros, atentados
Favelado Injusti�ado, inocentes condenados
� A286 que t� no ar e n�s n�o vai parar
T� de tira��o cuz�o, sente na pele
O efeito do esquecimento, na febre dos moleque
� A286 que t� no ar e n�s n�o vai parar
Enquanto houver motivos, tiros, atentados
Favelado Injusti�ado, inocentes condenados
� A286 que t� no ar e n�s n�o vai parar
T� de tira��o cuz�o, sente na pele
O efeito do esquecimento, a febre dos moleque