At� Quando

Moys�s:
Vida sofrida, humilhante
O gueto jorra sangue
� revoltante, a l�grima do rosto em desmanche
Na hora que acende ora, grita, implora, chora
Agora ora pede a volta do filho que foi embora
Dor da morte, n�o h� quem suporte o baque � forte
E tem engatilhada na cara e conta com a sorte
J� vi muito truta meu cair, subir
O sonho se destruir, sumir e a morte ri
Voltar pra conferir na pura covardia
Mostra a cara tra�ra, estiga pra ver se vira
Dinheiro � maldi��o na vida do sofredor
A inveja gera ostenta��o, o traidor
Vai pensando que ta mel, vai se criando
Sua hora ta chegando, vou acionar os cano
N�o, n�o deixa queto, o ferro � cemit�rio
Ser justo � minha gl�ria na vida aqui no inferno
At� quando...

Senhor, guie os nossos passos
Queremos acreditar que pode haver a paz
Mas no entanto, n�o a vemos por perto...
E desse jeito n�o veremos jamais!

Reinaldo:
Recolhe os �rg�os da crian�a v�tima do fragmento
Da bomba que pela paz divide corpo no meio
Aqui a esperan�a n�o � a �ltima que morre
Na proced�ncia o fuzil liberta a fam�lia da fome
At� quando sonhar com a justi�a
Morrendo em sil�ncio.
N�o adianta vestir branco com os pensamentos preso
Te querem parte da tropa armada
Matando a sua m�e pela p�tria
Ap�s 18 ano humilhado carregando fuzil de farda.
Suicida graduado no t�xi bomba objetivo
Outro resumido em peda�o
Pelo dom�nio do territ�rio inimigo
Sangro, explorado verdadeiro dono da terra
Que morre sem liberdade trocando pedra com tanque de guerra
Enquanto o iraquiano perde a cabe�a por teu petr�leo
Mano aqui � por sonhar com a casa pr�pria, por logos
N�o tenta amar o pr�ximo aonde a cultura � viol�ncia
Que afeta, que n�o ressuscita corpo sem cabe�a,
At� quando. (At� quando, senhor?)

Senhor, guie os nossos passos
Queremos acreditar que pode haver a paz
Mas no entanto, n�o a vemos por perto...
E desse jeito n�o veremos jamais!

Moys�s:
T� vendo a cren�a da humanidade virar cinzas
9mm na f� intriga, tira a sua vida
Assendo o pavio, guerra civil � o tr�fico
S�o Paulo, Rio, o crime organizado � forjado
PCC, Comando Vermelho � pesado pra lei
Fernandinho Beiramar, a monarquia pra rei
Legislativo, as cinco pra massacrar o pobre
Na blitz tortura, cala a boca ou morre
Fala de paz, pr�mio Nobel num pa�s que projeta o homem
Pra guerra aos 18 com fome, a p�tria consome
Seu senso psicol�gico, cr�tico, intuitivo
Se n�o for 100% no organismo pra junta � lixo
Fantoche programado pro arrega�o
Cres�o estornado nos interesses do rica�o
(Qual o real intuito da guerra? Quando atua procura matar, mata, se mata e ensina a matar)
At� quando (At� quando senhor?)

Senhor, guie os nossos passos
Queremos acreditar que pode haver a paz
Mas no entanto, n�o a vemos por perto...
E desse jeito n�o veremos jamais!

Armas, guerras, pestes e fome
A inten��o do homem � matar mais e mais r�pido
A civiliza��o iniciou-se nesse mundo a mais de 40 mil anos
E at� hoje o que se v�? Sofredor, sofredora
Guerra, guerra e mais guerra...
At� quando... at� quando? (At� quando, senhor!?)