As lembran�a assombra, rouba o sono
Olhar vago, o vazio � intenso
Minha filha chorando, pedindo socorro
Meu pior pesadelo!
Que que eu ainda t� fazendo aqui?
Insistindo no erro
Cego buscando conforto em aprova��o dos outros
Ciente do efeito placebo no ego
Tudo � passageiro e meu peito sabe
Mesmo assim insiste em acreditar
Esqueceu do covarde
Que a m�o que agradece e aplaude
Amanh� � a que quer te matar?
As rua t�o vazia, cad� os moleque?
Traz de volta o passado
E me livra do carma do andar solit�rio
Legado do ot�rio que achava ser s�bio
A certeza condena a tristeza
E a verdade traz a solid�o
Entre a auto senten�a e a dispensa
Sem confiar nem no pr�prio cora��o, n�o
Pior n�o foi a �ltima decis�o
Quando a melhor conclus�o foi fugir
Foi varar madrugada no sereno frio
Descobri que n�o tinha nem pra onde ir!
Minha filha sorri, me d� um abra�o
Me salva do suic�dio lento
Faz eu esquecer essa saudade de que
Que me mata por dentro
S� eu sei que � por tr�s do sil�ncio
Que antecede a maldade do tiro
Sorte deles foi eu ter voc�s
Pra no �dio manter o equil�brio!
�s vezes o fim de tudo me parece justo
E d� sentido aos veneno
O foda � que nem sempre
A ang�stia d� espa�o pra calma
Pra justi�a do tempo
Essa porra me rouba a paz memo, tru
C� nem imagina, a cabe�a t� a mil
E as noite j� n�o proporciona descanso a uns dia, tio
Que as minhas dores curem chorando sozinho
Cercado de insatisfa��o, conversando com os livros
Eu sei como se sente
Lembro da gente, e tudo que n�o deu pra ser
Ser� que ainda pensa em mim, como penso em voc�
E h� quem o diga que � f�cil condenar teu sorriso
Atribui a sorte, as ins�nias, os corre, vai passar batido
Errei pa carai tio, mas foi tentando acertar
S� que o tempo � falho tamb�m
N�o analisa inten�es, n�o vai perdoar
N�o temo o tiro que vem pelas costas
Um dia ajudou concluir
Que amigo � dinheiro no bolso
Como a vida inteira eu ouvi!
Tudo � hist�ria, vira passado
E se esquece, � como n�o existir
Sei o quanto enlouquece, me faz me odiar
Acostumar com a sua falta aqui!
Um dia talvez ainda lembre de um momento, ou do que passou
Inventando sentidos pra vida, quando outra vez o c�u silenciou
E ainda acham que sabem
Quantas noites tudo me custou
Convictos h�beis julgam
Quando nem eu sei direito o que sou
O amor virou neg�cios?
O que n�o s�o neg�cios?
O que um dia foi paz n�o me deixam dormir
Se divide entre paix�o e �dio
Me questionando: Porque tanto me importo
Quando ningu�m mais quer saber?
No receio que as luzes acendam
Com medo do que possa ver
Tr�s de volta o passado, hoje eu s� quero ir pra rua
Pintar um campinho, montar com as madeira uns golzinho
Matar a tarde nuns racha de dupla
Uma rampa pras bike, pros skate
Com os madeirite de constru��o
Esquecer de dinheiro, de corre, de toda essa porra
Que sempre acaba em frustra��o
Na pris�o perp�tua dos lares, refugiado no isolamento
Na fuga entre copos e bares, trocando a vida por um momento
O fim � o memo, parece o memo!
P�, d� um tempo, essas filosofia ainda me mata
Amargando saudade de tudo que isso foi um dia