Involu��o

N�o t� pra ritimo de festa n�o j�o n�o confunde os sorrisos
Ainda s�o por composi��o de qu�micos est�mulos
Feito antidepressivos, j� era
Onde previnem suic�dios com futebol e novelas
Religi�o, pra alimentar nossa esperan�a
E preservar as algemas da ignor�ncia
Mentes subestimadas, auto estima baixa, submiss�o
Inertes em frente a televis�o
Ainda somos continua��o de sonhos de revolu��o
Frustrados na desuni�o, sem a��o
Portando armas, de pele e classe discriminada mente limitada
Escrava heran�a heredit�ria
Aindo to tentando enxergar motivo
Pra brindar sorrindo, sa�de, p�s 25 � mito
Onde tv educa a gula desproporcional
Habito de consumo sem consulta a tabela nutricional
Pra n�s n�o tem ciclo faixa a pra�a que o estado abandona
� curso pra crian�a aprender fumar maconha
Cen�rio pro palco de execu��o de inocente
Quando a taurus que o governo da, faz �rf�o pivete de pm
Enquanto voc�s ostentam, su�te presidencial
Te exponho quem nem pro caf� da manha tem um real
Descrente de final feliz que � pra n�o confundir com os lock
Aqui o rap de verdade, n�o virou pop n�o

Ainda somos os mesmo dos gueto exilado
Das casas de tabuas, das ruas de barro
Entre rezas e lagrimas sem ilus�o
Aqui � rap de verdade, n�o virou pop n�o

Evoluiu o caralho tio pergunta pra quem no mercado
S� traz o b�sico se for tudo do mais barato
Pra ter um carro paga dois em cinco anos
No nome dos outros rezando pra n�o dar problema mec�nico
Ate a moto pro adianto teve um fim ir�nico
Causou quil�metros de lentid�o embaixo de um �nibus j�o
Quem n�o explodiu a cabe�a nas rodas,
Explode na bala do gambe em outra a��o preconceituosa
Sem passagem e a carteira assinada agora hein
S� vai servir pra m�o pedir justi�a, pra quem?
Aqui enquanto massacram analfabetos
Simulam promo��o de vida contradit�rio sem nexo
Punem com multa o condutor que dirigiu sem cinto
E aplaudem quem na inf�ncia abandonou os livros
Condenando a auxiliares a eterna escravid�o
Que se diverte as custas da imagina��o
Diretor minha m�e assimilou bem a novela
Aprendeu que parda analfabeta morre empregada domestica
Sem carteira assinada adepta a lubrificar privada
Grata convencida que isso ou nada
Onde ate aos mortos empunham armas
O amor n�o vai vence o �dio deixa a dor se converter em raiva
No inferno sem final feliz sem comercializar um estrofe
Aqui � rap de verdade, n�o virou pop n�o


Ainda somos os mesmo dos gueto exilado
Das casas de tabuas, das ruas de barro
Entre rezas e lagrimas sem ilus�o
Aqui � rap de verdade, n�o virou pop n�o